Uma pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) revelou que a taxa de desemprego no Brasil apresentou uma significativa queda no trimestre encerrado em maio de 2024, atingindo 7,1%. O resultado foi divulgado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE.
Este é o melhor resultado para um trimestre encerrado em maio desde 2014, refletindo uma recuperação consistente do mercado de trabalho no país. O número de pessoas desocupadas caiu para 7,8 milhões, marcando uma redução de 8,8% em relação ao trimestre anterior e 13% na comparação anual.
IBGE divulga melhora no mercado de trabalho
O mercado de trabalho brasileiro registrou uma alta na população ocupada, alcançando um novo recorde histórico de 101,3 milhões de pessoas, um aumento de 1,1% em comparação ao trimestre anterior e 3% em relação ao mesmo período do ano passado.
Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, destaca que esse resultado reflete uma maior demanda por trabalhadores em diversas atividades econômicas, além de uma recuperação sazonal em setores como Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, que voltam a contratar após as dispensas típicas de fim de ano.
O nível de ocupação, que representa o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, também apresentou um crescimento, chegando a 57,6%, um aumento de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e 1,2 pontos percentuais na comparação anual.
Aumento dos empregos com e sem carteira assinada
O Brasil alcançou novos recordes tanto no número de trabalhadores com carteira assinada quanto no número de empregados sem carteira. O número de empregados com carteira assinada chegou a 38,326 milhões, o maior desde o início da série histórica da PNAD Contínua em 2012.
Houve um aumento de 0,9% em relação ao trimestre anterior, adicionando 330 mil pessoas ao grupo, e um ganho de 4,1% em comparação ao mesmo trimestre do ano passado, com mais 1,5 milhão de trabalhadores formais.
Os trabalhadores sem carteira assinada também bateram recorde, totalizando 13,7 milhões de pessoas, um aumento de 2,9% em relação ao trimestre anterior, equivalente a 383 mil novos trabalhadores. Em comparação ao mesmo período de 2023, houve um aumento de 5,7%, ou 741 mil pessoas a mais.
Apesar do crescimento no emprego formal, a taxa de informalidade permanece alta, em 38,6%, indicando que a informalidade ainda desempenha um papel significativo no mercado de trabalho brasileiro. No entanto, a taxa de subutilização, que inclui pessoas desocupadas, subocupadas e na força de trabalho potencial, continua em queda, atingindo 16,8%, o menor índice para um trimestre desde 2014.
O rendimento real habitual dos trabalhadores permaneceu estável em comparação ao trimestre anterior, situando-se em R$3.181. Na comparação anual, houve um crescimento de 5,6%. A massa de rendimento real habitual, por sua vez, atingiu um recorde de R$317,9 bilhões, representando um ganho de 2,2% frente ao trimestre anterior e um crescimento de 9% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.