Mergulhadores encontram dentes de animal pré-histórico de 3,5 milhões de anos

No litoral de Southport, Carolina do Norte (EUA), mergulhadores vivenciaram um momento emocionante em 28 de junho ao explorar a área conhecida como “Meg Ledge”. Durante essa expedição subaquática, Alex Guirgues fez uma descoberta: quatro dentes fossilizados pertencentes ao megalodon, um enorme tubarão que reinou nos oceanos há milhões de anos.

A Meg Ledge, localizada aproximadamente entre 48 a 64 quilômetros da costa sul do estado, é famosa entre os caçadores de fósseis por ser um local produtivo para encontrar vestígios desse antigo predador marinho. Segundo o Woods Hole Oceanographic Institution, os locais mais propícios para essas descobertas estão entre 27 e 35 metros de profundidade, onde as condições favorecem a preservação desses fósseis.

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Dentes de megalodon

Durante cerca de 20 milhões de anos, esses gigantes dominaram os oceanos como os maiores predadores marinhos conhecidos, até desaparecerem há aproximadamente 3,6 milhões de anos. Cada megalodon possuía aproximadamente 276 dentes, o que torna seus fósseis relativamente comuns, embora a maioria seja descoberta em terra, próximo a costas e rios.

A origem da palavra “megalodon” remonta ao grego antigo, onde significa “dente gigante”. O maior dente preservado conhecido mede impressionantes 17,8 centímetros de comprimento, quase três vezes maior do que os dentes típicos dos grandes tubarões brancos modernos, que geralmente têm cerca de 5,4 cm de comprimento.

Os fósseis do megalodon foram encontrados em diversos locais ao redor do mundo, incluindo mares tropicais e temperados rasos ao longo das plataformas continentais, com a exceção da Antártica, de acordo com informações da Enciclopédia Britannica.

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Comparativo do tubarão branco para o megalodon (Foto: reprodução/Discovery Brasil/Facebook)

Aparência e extinção

Em janeiro deste ano, um estudo publicado na revista Palaeontologia Electronica questionou estimativas anteriores sobre o megalodon, indicando que ele possuía uma estrutura mais esbelta do que se acreditava. A análise de vértebras fossilizadas, comparadas com as de tubarões lamniformes modernos, levou os cientistas a concluírem que o megalodon não era simplesmente uma versão ampliada do tubarão-branco atual.

Os cientistas teorizaram que a extinção dos megalodons poderia ter sido devido à redução natural de suas presas. Phillip Sternes, o principal autor do estudo e biólogo da Universidade da Califórnia, propõe que o surgimento do tubarão-branco também pode ter sido um fator relevante. Ele sugere que o tubarão-branco, possivelmente mais ágil, evoluiu como um predador mais eficaz em comparação ao megalodon.