Forte onda de calor matou quase 50 mil pessoas na Europa

A intensa onda de calor que atingiu a Europa em 2023 resultou em quase 50 mil mortes, conforme revelado em um relatório recente do Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal).

As temperaturas extremas, que tornaram este ano o mais quente já registrado no mundo, tiveram um impacto devastador, especialmente nos países do sul do continente, como Grécia, Bulgária, Itália e Espanha.

Forte onda de calor matou quase 50 mil pessoas na Europa

Esses países foram os mais afetados, registrando as maiores taxas de mortalidade relacionadas ao calor.

A combinação de altas temperaturas e a rápida taxa de aquecimento global fez com que a Europa, já conhecida por enfrentar verões rigorosos, visse um aumento preocupante nas mortes atribuídas ao calor extremo.

Este fenômeno destaca a vulnerabilidade crescente das populações europeias diante das mudanças climáticas, um problema que exige uma resposta urgente e eficaz.

De acordo com o estudo do ISGlobal, os países europeus estão se esforçando para adaptar suas infraestruturas e políticas públicas às novas realidades climáticas.

Iniciativas como o desenvolvimento de sistemas de alerta precoce, investimentos em infraestrutura de saúde adequada e a criação de espaços refrigerados têm sido algumas das medidas adotadas para mitigar os efeitos das ondas de calor.

No entanto, apesar desses esforços, os números alarmantes mostram que ainda há um longo caminho a percorrer.

A pesquisadora Elisa Gallo, que liderou o estudo, enfatiza a importância de ações coordenadas para enfrentar os desafios impostos pelo aumento das temperaturas.

Ela alerta que, apesar de alguns avanços na adaptação social, a vulnerabilidade ao calor extremo permanece uma preocupação crítica, especialmente entre os grupos mais frágeis da sociedade, como os idosos.

Com a expectativa de que as temperaturas continuem subindo nos próximos anos, o relatório do ISGlobal serve como um chamado à ação para governos e sociedades europeias.

A necessidade de fortalecer as estratégias de adaptação e mitigação é imperativa para proteger a saúde pública e salvar vidas.