Essa cidade foi construída entre dois monstros e corre risco de sumir do mapa

Nápoles, uma das cidades mais vibrantes e históricas da Itália, está localizada sobre uma ameaça geológica de proporções imensas.

Embora famosa por sua cultura rica, culinária inigualável e vistas deslumbrantes, a cidade vive sob a sombra constante de dois gigantes adormecidos: o Monte Vesúvio e a caldeira vulcânica de Campi Flegrei.

Essas duas estruturas vulcânicas têm o potencial de causar destruição em massa, e os sinais de atividade recente sugerem que essa ameaça pode estar se aproximando.

Cidade foi construída entre dois monstros e pode sumir

O Vesúvio, talvez o vulcão mais famoso do mundo, é conhecido por sua catastrófica erupção em 79 d.C., que sepultou as cidades de Pompeia e Herculano.

Embora esteja adormecido desde 1944, quando uma erupção durante a Segunda Guerra Mundial causou mortes e destruição, os cientistas alertam que sua tranquilidade é apenas temporária.

A qualquer momento, o Vesúvio pode voltar à atividade, colocando em risco mais de três milhões de pessoas que vivem em suas proximidades.

Porém, o que muitos não percebem é que Nápoles enfrenta uma ameaça ainda maior do que o Vesúvio. Sob a cidade e a baía de Nápoles, existe uma caldeira vulcânica gigantesca chamada Campi Flegrei.

Essa cratera, que se estende por 15 quilômetros, foi formada por uma explosão vulcânica há milhares de anos e tem o potencial de causar uma erupção de proporções apocalípticas.

Estudos recentes indicam que Campi Flegrei está mostrando sinais de reativação, com movimentações de magma e gás nas profundezas do solo, resultando em pequenos tremores e elevações do terreno.

Especialista preocupado com a cidade de Nápoles

Os especialistas que monitoram a atividade vulcânica na região estão preocupados.

Giovanni Macedonio, geólogo do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia, explica que a energia acumulada em uma possível erupção de Campi Flegrei seria comparável a várias bombas nucleares, causando destruição em larga escala.

Embora as autoridades tenham elaborado planos de evacuação para as áreas mais vulneráveis, a densidade populacional de Nápoles e a complexidade do terreno tornam essa tarefa desafiadora.

Atualmente, a vida em Nápoles segue seu curso normal, com turistas visitando o cume do Vesúvio e moradores vivendo sua rotina diária.

No entanto, a presença desses “monstros” vulcânicos e os sinais de atividade crescente servem como um lembrete constante de que, sob a superfície, forças poderosas estão em jogo.

Se e quando esses gigantes despertarem, Nápoles poderá enfrentar uma catástrofe de proporções inimagináveis, colocando em risco a própria existência da cidade.