Decisão HOJE (09/08) Correios determina greve em todo o Brasil por tempo indeterminado

Os trabalhadores dos Correios, uma das principais empresas públicas do Brasil, iniciaram uma greve nacional por tempo indeterminado.

A decisão foi tomada após uma série de assembleias realizadas em diversas capitais e estados do país, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul e Tocantins.

A paralisação teve início às 22h da quarta-feira, dia 7 de agosto, e abrange uma ampla gama de funções dentro da empresa, como carteiros, motoristas e funcionários de atendimento e tratamento de encomendas.

Correios determina greve em todo o Brasil por tempo indeterminado

A principal motivação para a greve é o descontentamento da categoria com a proposta apresentada pelos Correios durante as negociações salariais.

Os trabalhadores reivindicam um reajuste salarial que acompanhe a inflação, além de um aumento linear de R$ 300 para todos os cargos ainda em 2024.

Outra demanda significativa é a redução da coparticipação no plano de saúde, que atualmente está em 30%, para 15%, considerando que o atual modelo de custeio do benefício tem sido visto como excessivamente oneroso para os empregados.

Em resposta, os Correios apresentaram uma proposta que inclui um reajuste salarial de 6,05% a partir de janeiro de 2025, acompanhado de um aumento de 4,11% nos benefícios a partir de agosto de 2024.

Além disso, foi oferecido um incremento de 20% nos salários de funcionários que desempenham funções motorizadas, como motociclistas e motoristas, juntamente com benefícios adicionais como o vale-alimentação e um “vale-peru” programado para ser pago em dezembro de 2024.

Apesar dessas propostas, a Findect (Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios) considera as medidas insuficientes, alegando que não atendem às necessidades básicas da categoria.

O diretor de comunicação da entidade, Douglas Ramos, enfatizou que o ponto mais crítico da greve é o plano de saúde, cuja coparticipação de 30% tem sido uma das principais queixas dos trabalhadores.

Correios se manifestou sobre funcionamento de agências

Os Correios, por sua vez, afirmam que todas as agências permanecem abertas e operando normalmente, apesar da greve.

A empresa adotou medidas como o remanejamento de funcionários e a realização de horas extras para garantir a continuidade dos serviços à população.

A paralisação continuará até que um acordo satisfatório seja alcançado entre a empresa e os trabalhadores.

A próxima rodada de negociações está prevista para a semana seguinte, quando novas propostas poderão ser discutidas na tentativa de pôr fim ao impasse que afeta uma das maiores empresas públicas do país.