Conheça a história do homem que inventou o refrigerante

A origem dos refrigerantes, bebidas doces e gasosas que encantam paladares ao redor do mundo, remonta a um curioso episódio do século XVIII.

A trajetória dessa invenção passa por descobertas científicas e contextos históricos interessantes, protagonizados por um homem notável: Joseph Priestley.

A história do homem que inventou o refrigerante

Joseph Priestley, um ministro presbiteriano inglês, é o responsável pela invenção que transformou o modo como consumimos bebidas.

Nascido em 1733, Priestley se destacou por sua mente curiosa e inovadora. Ele não apenas contribuiu significativamente para a química, mas também deixou um legado duradouro no mundo das bebidas.

Em 1767, enquanto vivia em Leeds, Inglaterra, Priestley morava próximo a uma cervejaria. Fascinado pelos gases emitidos pelos tanques de fermentação da cerveja, ele começou a explorar os fenômenos que observava.

Sua investigação o levou a desenvolver um método para produzir dióxido de carbono artificialmente.

Combinando ácido sulfúrico com calcário, ele conseguia gerar gás carbônico, que depois era borbulhado na água utilizando uma bexiga de porco como recipiente. Assim, nasceu a primeira água com gás artificial.

Invenção se popularizou, começou a ser comercializada e se tornou o refrigerante

Embora Priestley não tenha se empenhado em comercializar sua invenção, seu método se espalhou e a água gaseificada começou a ser consumida por suas supostas propriedades medicinais.

Era comum encontrar essa bebida em farmácias, onde era recomendada para tratar diversas doenças.

A popularização da água gaseificada incentivou experimentações com diferentes sabores. As pessoas começaram a adicionar sucos de frutas, xaropes e até álcool à água com gás.

Uma dessas misturas resultou na criação da água tônica, combinando dióxido de carbono com quinino, uma substância usada no combate à malária, e açúcar para amenizar seu sabor amargo.

Outras combinações populares incluíam gengibre, que deu origem à gengibirra, e extratos de casca de bétula e salsaparrilha.

As bebidas gaseificadas, também conhecidas como “soft drinks”, começaram a ganhar espaço como alternativas não alcoólicas às bebidas “duras”.

O termo “soft” sugere essa diferença, marcando uma nova tendência no consumo de bebidas.

Com o tempo, os sabores foram se diversificando ainda mais, incluindo frutas como framboesa, morango, cereja, abacaxi e laranja, além de gengibre e baunilha.

Lei seca nos EUA popularizou o refrigerante

A era da Lei Seca nos Estados Unidos, entre 1919 e 1933, foi um catalisador para a disseminação dos refrigerantes.

Com a proibição das bebidas alcoólicas, os americanos buscaram alternativas não alcoólicas, e os refrigerantes tornaram-se extremamente populares.

Empresas como Coca-Cola, Pepsi-Cola e Dr. Pepper, que já estavam no mercado, expandiram suas operações, vendendo xaropes que eram misturados com água gaseificada em máquinas portáteis de carbonatação.

Hoje, os refrigerantes são consumidos em quantidades astronômicas. Só nos Estados Unidos, são aproximadamente 45 bilhões de litros anuais, uma média de 144 litros por pessoa.

Embora não sejam as opções mais saudáveis, seu consumo moderado pode proporcionar momentos refrescantes e prazerosos.

Tudo isso graças à curiosidade e à engenhosidade de Joseph Priestley, o homem que deu o primeiro passo para a criação dos refrigerantes.