Comer pão em via pública pode te gerar uma multa de R$ 3 MIL

Uma recente investigação realizada pelo grupo Proteste trouxe à tona uma descoberta surpreendente envolvendo alguns dos pães de forma mais vendidos no Brasil. Marcas populares, como Pullman e Bauducco, foram encontradas contendo teores de álcool em suas composições. A pesquisa mostrou que, em alguns casos, o teor alcoólico presente nos pães poderia classificar os produtos como alimentos alcoólicos, segundo as normas vigentes, um fato que coloca em alerta motoristas, que podem levar multa por embriaguez de quase R$ 3.000.

O álcool encontrado nos pães é um subproduto do processo de fermentação, essencial para que o pão cresça adequadamente. Normalmente, espera-se que essa substância evapore durante o processo de cozimento, mas os dados do Proteste indicam que o álcool está sendo adicionado por outras razões, como a preservação antimofo, contrariando as expectativas de que ele desapareça completamente até o momento do consumo.

Alerta para motoristas

Ao contrário do que muitos podem pensar, mesmo pequenas quantidades de álcool podem ter consequências, principalmente quando consumidas regularmente. A análise apontou que o consumo de duas fatias desses pães pode, teoricamente, resultar em uma taxa de álcool no sangue que ultrapassa os limites legais para motoristas, colocando em risco a segurança no trânsito e a saúde das pessoas.

A legislação brasileira é clara quanto aos riscos e penalidades relacionadas ao consumo de álcool. Conduzir sob influência, por exemplo, é considerado uma infração gravíssima, com sanções severas. Estas incluem multa e suspensão da habilitação por 12 meses. O valor da multa é de R$ 2.934,70, devido ao fator multiplicador de 10 vezes. A condução alcoolizada pode ser classificada como crime de trânsito.

Como as marcas estão respondendo a estas descobertas

A Pandurata Alimentos, que detém as marcas Bauducco e Visconti, reafirmou seu compromisso com os mais altos padrões de produção e cumprimento das regulamentações.

Outras marcas citadas na pesquisa, como Panco e Wickbold, destacaram a importância de um controle de qualidade rigoroso e a transparência em seus processos produtivos.