Com nova onda de calor, temperatura no Brasil pode chegar a 44°C

Em outubro, a estação seca está prestes a encerrar, trazendo a promessa de um mês mais chuvoso, de acordo com as previsões da MetSul. Apesar disso, o calor deve continuar em diversas partes do Brasil, com expectativas de temperaturas elevadas durante o mês. Além disso, há uma expectativa crescente em relação à La Niña, fenômeno que causa o resfriamento das águas do Pacífico.

De acordo com os modelos de previsão global, a La Niña deste ano está atrasada, quando deveria estar mais desenvolvida nesta época. Além disso, a expectativa é de que se trate de uma La Niña fraca, conforme destacou Francis Lacerda, do Instituto Agronômico de Pernambuco, em entrevista à Rádio Nacional da Amazônia.

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Calor

As altas temperaturas devem persistir na maior parte do Brasil, especialmente nas regiões internas de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso, onde os termômetros poderão registrar valores bem acima da média. Em Cuiabá, é esperado que haja mais dias com temperaturas superiores a 40ºC, podendo chegar a máximas entre 43ºC e 44ºC. Da mesma forma, o oeste da Bahia, Piauí e Maranhão também enfrentarão calor intenso, com médias que podem ultrapassar 28ºC.

Na parte leste de São Paulo, incluindo a capital, espera-se que haja dias quentes, mas sem a intensidade do calor constante. Enquanto algumas regiões do Sul poderão vivenciar ondas de calor neste mês, o Rio Grande do Sul não deverá enfrentar temperaturas extremamente elevadas.

Chuva

Com o término da seca, a região Centro-Sul deverá observar um aumento nas chuvas isoladas, segundo a MetSul. Nos estados do Centro-Oeste e Sudeste, a ocorrência de chuvas será desigual, com algumas áreas recebendo precipitações fortes enquanto outras poderão permanecer sem chuva.

A partir da segunda quinzena do mês, a região central do Brasil começará a ver um aumento nas chuvas, de acordo com o Inmet. Enquanto o solo estará mais seco no Maranhão, Piauí e Bahia, a região Sul se beneficiará das chuvas abundantes, favorecendo o cultivo de algodão e feijão.

La Niña

Em 11 de setembro, a Organização Meteorológica Mundial, uma agência da ONU especializada em questões climáticas, emitiu um alerta sobre uma probabilidade de 60% de ocorrência de La Niña entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025. Posteriormente, em 20 de setembro, o CPTEC/INPE anunciou que a probabilidade de o fenômeno se manifestar no último trimestre de 2024 é de 81%.

Atualmente, estamos atravessando uma fase de transição, conforme relatado pela NOAA, que indica que a temperatura da superfície das águas no Pacífico Equatorial Central-Leste se encontra em uma faixa neutra, oscilando entre +0,2ºC e -0,4ºC. A ativação de La Niña é considerada quando a temperatura atinge -0,5ºC. A NOAA estima que há uma probabilidade de 71% de que o fenômeno se torne ativo até novembro e permaneça até março.