Cidades brasileiras devem ficar submersas pelo mar até 2033; Santos em SP é uma das primeiras

A vidente búlgara Vangelia Gushterova, mais conhecida como “Baba Vanga” ou “Nostradamus dos Bálcãs”, alcançou reconhecimento global por suas previsões precisas, incluindo o ataque de 11 de setembro nos Estados Unidos. Apesar de ter falecido em 1996, suas profecias permanecem vivas na memória das pessoas.

Entre suas previsões mais sombrias, Vanga declarou que o derretimento acelerado das camadas polares causaria um aumento significativo no nível dos oceanos, resultando em inundações e destruição de cidades litorâneas. Ela previu que, até 2033, esse aumento atingiria seu ponto máximo, afetando cidades como Santos, no litoral de São Paulo. Na verdade, todas as cidades costeiras do mundo seriam impactadas, não apenas as brasileiras.

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Cidades submersas

O Climate Central, um dos mais importantes institutos de monitoramento climático do mundo, tem alertado há anos sobre o aumento do nível do mar e o aquecimento global, que aceleram o derretimento das calotas polares. Entre as 100 cidades de 39 países com maior risco devido a essa elevação, 7 estão no Brasil:

  • Rio de Janeiro,
  • Fortaleza,
  • Salvador,
  • Recife,
  • Porto Alegre,
  • São Luís do Maranhão
  • Santos.

Segundo um estudo do Climate Central, aproximadamente 2 milhões de pessoas serão impactadas. Baseado em dados do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima), o estudo revela que o nível do mar continua a subir devido ao aquecimento global, que expande as águas dos oceanos e causa o derretimento das calotas polares. Nos últimos trinta anos, o nível do mar subiu 9 cm e pode chegar a 80 cm até 2100. Isso pode afetar terras ocupadas por 10% da população mundial, ou mais de 800 milhões de pessoas.

Medidas do Brasil

Um estudo da USP indica que o nível do mar no Estado de São Paulo aumentou 20 cm nos últimos 73 anos e pode chegar a 36 cm até 2050, caso as emissões de carbono continuem. Mesmo que as emissões de carbono sejam interrompidas, a atmosfera permanecerá aquecida, tornando irreversível o aumento do nível do mar.

A boa notícia é que o Brasil já começou a tomar medidas. O Rio de Janeiro estabeleceu uma parceria com a NASA para monitorar o avanço do mar. Recife começou a realocar moradores de áreas de risco e a construir parques para retenção de água. Fortaleza está desenvolvendo um lago subterrâneo para conter alagamentos.

Santos colocou em prática a instalação de barreiras com grandes sacos de areia para proteger a área urbana contra ressacas. Salvador adotou um plano para reduzir as emissões de carbono, incluindo monitoramento e sistemas de alarme na defesa civil. Porto Alegre fixou a meta de zerar suas emissões até 2050.

Especialistas destacam que esses planos são modestos e precisam de maior ambição e ação, combinando vontade política e tecnologia para se adaptarem ao aumento dos níveis do mar.