Banco Central cria novo modelo de moeda

Recentemente, o Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou a emissão de uma moeda comemorativa para marcar os 30 anos do Real. Segundo informações do Banco Central, a moeda terá valor de R$ 1,00 e será de curso legal. A data exata para o lançamento ainda não foi estabelecida, mas o Banco Central se comprometeu a divulgar mais detalhes sobre o lançamento em agosto.

A mais recente moeda comemorativa lançada pelo Banco Central foi em homenagem ao bicentenário da primeira Constituição do Brasil, promulgada em 1824 pelo Imperador D. Pedro I. Esta moeda foi emitida em uma edição limitada de quatro mil unidades, com valor nominal de R$ 5,00 e preço de venda de R$ 440,00. A venda foi realizada pela Casa da Moeda do Brasil, por meio de seu e-commerce, denominado Clube da Medalha.

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Plano real

Essa emissão representa um momento significativo na trajetória da moeda brasileira, que foi lançada em 1994 como parte do Plano Real. O plano tinha como objetivo principal estabilizar a economia e controlar a inflação, metas que foram alcançadas com sucesso, resultando em um período duradouro de estabilidade financeira no Brasil.

Desenvolvido por uma equipe de economistas sob a liderança de Fernando Henrique Cardoso, na época Ministro da Fazenda, o Plano Real consistiu em um conjunto de reformas econômicas e na criação de uma nova moeda, o Real, que substituiu o Cruzeiro Real.

Moeda digital do Banco Central

Enquanto o planejamento da moeda comemorativa dos 30 anos do Real ainda está em andamento, o Banco Central está próximo de concluir um acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para utilizar ativos regulados em testes da moeda digital Drex.

De acordo com Fabio Araujo, coordenador da iniciativa no Banco Central, o processo está quase concluído. A nova chamada pública, agendada para setembro, permitirá que novos participantes do mercado apresentem casos de uso para o Drex. Esses casos serão integrados ao piloto a partir do início de 2025.

O Drex é um projeto destinado a modernizar o sistema financeiro brasileiro ao integrar a tecnologia de contratos inteligentes. Segundo Araujo, na segunda fase do piloto, esses contratos inteligentes de crédito deverão automatizar a execução das garantias associadas. Caso ocorram questões ou disputas, elas serão resolvidas através de processos judiciais.

A segunda fase do piloto também terá o objetivo de criar um modelo de governança para a operação de contratos inteligentes, considerando que a implementação por múltiplos participantes pode gerar conflitos. Durante essa etapa, serão testados casos de uso que incluem o Drex atacado, títulos do governo e o Drex de varejo. Esses testes visam avaliar e assegurar o nível de privacidade e segurança da nova moeda digital.