Abelhas reconhecem faces humanas, sonham e até tem sentimentos, revela estudo

Um novo estudo está revolucionando a forma como entendemos as abelhas. Conhecidas principalmente por sua importância na polinização e pela produção de mel, essas pequenas criaturas estão revelando habilidades cognitivas que surpreendem até mesmo os cientistas.

De acordo com recentes pesquisas, as abelhas são capazes de reconhecer rostos humanos, possuem uma gama de sentimentos e podem até sonhar.

Abelhas reconhecem faces humanas, sonham e até tem sentimentos

Essas descobertas são apresentadas no livro What a Bee Knows: Exploring the Thoughts, Memories and Personalities of Bees (em tradução livre, O que uma Abelha Sabe: Explorando os Pensamentos, Memórias e Personalidades das Abelhas).

O livro foi lançado em março deste ano pelo entomologista Stephen Buchmann, professor na Universidade do Arizona.

O autor compila décadas de estudos que investigam as complexas capacidades cognitivas desses insetos, normalmente atribuídas apenas a mamíferos.

Um dos aspectos mais impressionantes revelados no livro é a capacidade das abelhas de reconhecerem rostos humanos.

Este é um feito notável, considerando que os cérebros desses insetos são extremamente pequenos, com apenas um milhão de neurônios, comparados aos 100 bilhões dos seres humanos.

Apesar dessa diferença, as abelhas demonstram habilidades avançadas de navegação, aprendizagem e memória.

Além do reconhecimento facial, as abelhas também exibem emoções complexas, como otimismo, frustração e medo.

Essas emoções foram observadas em diversos experimentos, onde as abelhas responderam de maneira diferente a estímulos positivos e negativos, sugerindo que elas possuem um nível de consciência básica.

Abelhas também sonham, diz estudo

Outra descoberta fascinante é a possibilidade de que as abelhas possam sonhar. Estudos indicam que durante o sono, esses insetos processam memórias de longo prazo, o que pode estar ligado à capacidade de sonhar.

Embora ainda não haja uma confirmação definitiva de que as abelhas sonham como os humanos, as evidências apontam para um processamento cerebral durante o sono que pode incluir elementos de sonho.

Essas descobertas sobre a vida emocional e cognitiva das abelhas têm implicações profundas, tanto científicas quanto éticas.

Ao revelar que as abelhas são mais do que simples “máquinas biológicas” que polinizam plantas, esses estudos reforçam a importância de proteger esses insetos, que desempenham um papel crucial na manutenção da biodiversidade e na produção de alimentos.

Com cerca de 20 mil espécies de abelhas no mundo, e 300 só no Brasil, a preservação dessas criaturas é essencial não apenas para a agricultura, mas para o equilíbrio dos ecossistemas globais.

A capacidade das abelhas de sentir, aprender e talvez até sonhar destaca ainda mais a urgência de esforços de conservação.