Pablo Marçal desistiu da candidatura?

De acordo com o Portal Metrópolis, os aliados e campanhas dos principais candidatos à prefeitura de São Paulo estão avaliando a possibilidade de uma eleição sem Pablo Marçal. Existe uma preocupação crescente de que a candidatura de Marçal possa ser invalidada pela justiça eleitoral antes do primeiro turno, agendado para 6 de outubro.

Marçal, que atualmente disputa a liderança com Guilherme e Ricardo Nunes, está enfrentando questionamentos sobre sua candidatura pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e está sendo investigado pelo Ministério Público Paulista.

Neste texto você encontrará:

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está avaliando um possível descumprimento dos prazos partidários por parte do PRTB, o partido de Marçal. Simultaneamente, o Ministério Público está conduzindo uma investigação sobre suspeitas de abuso de poder econômico, a qual foi solicitada pelo PSB, presidido por Tábata Amaral.

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Envolvimento com tráfico

O portal Metrópoles também revelou que o empresário Florindo Miranda Ciorlin, que possuía autorização de Pablo Marçal para lidar com órgãos federais, ministrou aulas para pilotos ligados ao traficante Ary Flávio Hernandes. De acordo com um relatório da Polícia Federal (PF), Ciorlin desempenhou um papel na aquisição e regularização de aeronaves destinadas ao tráfico, empregando documentos falsificados para ocultar os reais proprietários.

Em 28 de outubro de 2021, Marçal outorgou uma procuração digital a Ciorlin, autorizando-o a conduzir a transferência de aeronaves. Naquela data, Ciorlin já se encontrava detido e enfrentava acusações relacionadas ao tráfico.

A defesa de Ciorlin argumentou que ele estava apenas oferecendo serviços de assessoria legal. Por outro lado, a assessoria de Marçal declarou que a relação entre Marçal e Ciorlin era estritamente profissional e limitada à transferência de aeronaves.

Condenação anterior de Pablo Marçal

Já site Tab Dool publicou gravações de 2005 que expõem um esquema criminoso do qual Marçal estava envolvido, no qual e-mails falsos sobre irregularidades no CPF eram enviados para obter as senhas das vítimas. Em uma das gravações, Danilo, um membro do grupo, critica o trabalho do Coach e solicita maior cuidado com as listas de e-mails. Após a revelação do esquema, a Polícia Federal conduziu uma operação contra o grupo.

Pablo Marçal foi detido em agosto de 2005, onde forneceu informações sobre o esquema e os participantes, mas foi liberado após dois dias. Em 2010, ele foi condenado a 4 anos e 10 meses de prisão, mas a pena foi extinta em 2018 devido à sua idade na época do crime, o que reduziu o prazo de prescrição pela metade.