Brasileira conta como foi passar por terremoto em Portugal: ‘Foram os segundos mais longos da minha vida’

Na madrugada da última segunda-feira (26), um terremoto de magnitude 5,4 foi registrado no mar ao largo da costa de Setúbal, em Portugal, sendo sentido em várias regiões do país, incluindo as cidades de Lisboa e Porto.

Embora não tenham sido relatados danos materiais ou vítimas, o evento despertou temor, especialmente entre brasileiros que vivem no país e não estão acostumados a enfrentar situações como essa.

Brasileira conta como foi passar por terremoto em Portugal

Renata Telles, uma jornalista brasileira residente no centro de Lisboa, foi entrevistada pelo G1 e descreveu o momento como um dos mais aterrorizantes que já vivenciou.

Acordei com tudo ao meu redor tremendo. Foi uma sensação terrível! Foram os segundos mais longos da minha vida“, afirmou Renata, ainda abalada pelo ocorrido.

Apesar do susto, ela destacou que não houve pânico generalizado, mas a surpresa e o medo dominaram aqueles poucos segundos em que o tremor foi sentido.

A situação também foi marcante para Juliana Rezende, fotógrafa que está em visita ao irmão na cidade de Oeiras, na região metropolitana de Lisboa.

Juliana também relatou ao G1 que o tremor foi sentido por volta das 5h11, enquanto todos ainda estavam dormindo.

Aqui, todos acordaram com a casa tremendo. Durou cerca de 8 segundos, foi rápido, mas assustador. No Brasil, não estamos habituados a isso, então não sabíamos exatamente o que fazer“, explicou.

Depois de ligar a televisão para se informar, Juliana e sua família optaram por esperar e, sem alertas adicionais, tentaram voltar a dormir, embora o impacto emocional do tremor tenha dificultado o retorno ao sono.

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“Acordamos com a cama balançando”, diz brasileira sobre terremoto em Portugal

O evento também foi percebido por Lu Schadek, uma brasileira que vive em Portugal há alguns anos.

Ela também contou ao G1 que o aviso de terremoto só chegou no celular do marido depois que o tremor já estava em andamento.

Acordamos com a cama balançando e as janelas batendo forte. Foi uma experiência muito estranha. Embora tenha sido rápido, a intensidade foi notável. Ficamos incrédulos e, sinceramente, com medo de que houvesse mais tremores.”

Lu se referiu ao fato de que em 2018 havia sentido um tremor menor no país europeu, mas este foi significativamente mais intenso.

Apesar da falta de danos ou feridos, o terremoto deixou uma marca emocional em muitos que o sentiram.

Raquel Carvalho, uma portuguesa que estava na casa dos pais em Lisboa, compartilhou que, apesar do susto, a situação foi controlada rapidamente.

Acordei com um barulho forte, como o de um caminhão passando, e percebi que a cama tremia. Verifiquei se meus pais estavam bem e, como não houve réplicas, voltamos a dormir“, relatou.