Nordeste brasileiro escondia tesouro que vai trazer fortuna ao país

O Nordeste brasileiro, conhecido por suas paisagens secas e clima rigoroso, agora atrai a atenção global com a descoberta da mina Braúna, a maior reserva de diamantes do Brasil e da América Latina. Localizada a cerca de 10 km da pequena cidade de Nordestina, na Bahia, essa mina está prestes a provocar uma grande transformação na economia local e nacional.

A mina está sendo explorada pela Lipari Mineração Limitada, uma empresa canadense que já alocou mais de 100 milhões de dólares no projeto. Esse investimento tem o potencial de expandir a produção de diamantes do Brasil em até 495%.

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Mina Braúna (Foto: reprodução/Valor Econômico)

Descoberta do tesouro

Situada sobre um tubo de kimberlito — uma estrutura geológica que concentra diamantes — a mina Braúna representa uma fonte primária de diamantes. Esses tubos se formam a grandes profundidades e, ao surgir uma abertura na crosta terrestre, os diamantes são transportados para a superfície. Esse fenômeno geológico raro foi descoberto por geólogos na árida região do Sertão do estado nordestino, uma área surpreendente para a presença de tal riqueza.

Ao contrário dos depósitos secundários de diamantes encontrados em rios e cascalhos, a mina Braúna explora diretamente o tubo de kimberlito, o que torna o processo de extração mais eficiente e assegura a produção de diamantes de alta qualidade.

Mina do Nordeste

Na fase de pesquisa realizada entre 2014 e 2016, foram extraídos aproximadamente 2.500 diamantes de alta qualidade. Com uma produção anual estimada em 340 mil quilates, a mina possui uma vida útil prevista de pelo menos sete anos, o que deverá resultar em quase meia tonelada de diamantes.

A mina Braúna é uma das maiores operações de mineração a céu aberto no Brasil, com uma planta de processamento capaz de tratar 2.000 toneladas de minério kimberlítico por dia, operando ininterruptamente, 24 horas por dia, sete dias por semana.

Atualmente, a mina conta com mais de 300 funcionários e está considerando expandir a exploração para uma profundidade de 260 metros, o que a transformaria em uma mina subterrânea e aumentaria significativamente seu potencial de produção.

Além dos benefícios econômicos diretos, a exploração desta jazida cria oportunidades para descobrir outros tubos de kimberlito em áreas ainda não exploradas do Brasil. Isso contribui para a diversificação da economia nacional e fortalece a posição do país no mercado global de diamantes.