Maior loja de móveis decreta falência após 71 anos de liderança

A Manlec, que por décadas foi a maior loja de móveis do Brasil, decretou falência após 71 anos de operação.

Fundada em 1953 por Atílio Manzoli e Felipe Lechtman, a loja se tornou um ícone no setor moveleiro, especialmente no Rio Grande do Sul, onde conquistou a preferência de gerações de consumidores pela qualidade e inovação de seus produtos.

Maior loja de móveis decreta falência após 71 anos

A trajetória da Manlec começou modestamente no bairro Bom Fim, em Porto Alegre, com uma fábrica especializada em móveis coloniais.

Com o tempo, a empresa diversificou seu portfólio, incluindo eletrodomésticos e serviços de design de interiores, e abriu 46 lojas em todo o estado.

Suas campanhas publicitárias criativas ajudaram a firmar a marca na memória coletiva dos gaúchos.

A partir dos anos 2000, a Manlec enfrentou um cenário desafiador. O aumento da concorrência, mudanças no perfil dos consumidores e crises econômicas globais pressionaram a empresa.

Em 2014, a Manlec entrou com um pedido de recuperação judicial na tentativa de reestruturar suas dívidas, que já somavam R$ 100 milhões.

No entanto, as medidas adotadas não foram suficientes para salvar a companhia.

Falência recuperação judicial da loja de móveis

Em julho de 2017, a Justiça decretou a falência da Manlec, marcando o fim de uma era para a comunidade gaúcha.

A falência não apenas surpreendeu os consumidores, mas também deixou um vazio significativo no setor varejista do estado.

O caso da Manlec levanta questões sobre a gestão financeira das empresas e os desafios do mercado atual.

Apesar do triste desfecho, a legislação brasileira, especificamente a Lei nº 14.112/2020, oferece mecanismos para que empresas em dificuldades possam pagar seus credores e, se possível, voltar ao mercado.

Essa lei visa preservar a atividade empresarial e otimizar a utilização produtiva dos ativos das empresas em recuperação.

A falência da Manlec é um lembrete do dinamismo e das dificuldades do mercado varejista.

Empresas devem estar constantemente inovando e adaptando-se às mudanças para garantir sua sobrevivência a longo prazo.